In My Head....Or Something...

Friday, May 16, 2008

A espera do barulho impossível

O choque que concede a gravidade

Da colisão de mortos e vivos

As profundezas que se escondem

Nas palavras de um homem



Meses e dias

Em que vejo essa fotografia

O sorriso de cores fortes

Da correnteza quente, conforto de memórias queimadas



Um vasto campo verde

Com o mar sumindo lá no fundo

Até virar luz

Incolor e prateado



A grandeza que conceda

Até a casa lá no alto

Pelo caminho de declives

E pedras solitárias



O mar não ruge

As ondas não arrebentam

O vento não sibila

Sem tempo



Pelo caminho o precipício cresce

Duas nuvens formam um crânio

E a terra abaixo treme

Como um gigante sem coração



A porta aberta

Em sua brancura sonífera

Algumas pessoas sentadas

Olham livros de todos os tipos

E cores



Algumas bebem e conversam

Um excursão de espectros



No centro desta casa

Me correm pelo rosto

As fotografias

Caindo como crianças

Dos quadros nas paredes



Elas salgam minha boca com gostos de tinta

Correm como uma fonte

Por meu queixo

Minhas mãos se apertam



Eu fotografo o mundo entre algo que não posso tocar

1 Comments:

At 4:05 PM, Blogger Galaxy Of Emptiness said...

Obrigada pelo comentário, Fernando. É, o Lanegan é genial. O tipo de artista independente que não teve/tem o reconhecimento merecido. E o show do Gutter Twins é puro rock, sem firulas, sem pose, sem truques. Tomara que algum iluminado os traga para o Brasil! Beijo. Ana

 

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